quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Técnico luta por apoio financeiro e sonha fazer do Nova Iguaçu um celeiro de jogadores de basquete

Hamilton Lemos comanda categorias de base do time da Baixada Fluminense e vai atrás de jovens para construir centro de excelência no clube. E isso a Srª. Prefeita não enxerga, saia do gabinete, senhorita, e busque investimentos. Nova Iguaçu precisa crescer.

Fonte: SporTV

Transformar o Iguaçu Basquete Clube (IBC) em celeiro de jogadores na Baixada Fluminense. Este é o sonho do técnico Hamilton Lemos, do Nova Iguaçu, responsável pelas categorias de base do clube, que disputou o NBB pela última vez na temporada 2008/2009.

Após comandar o time principal na temporada 2007/2008, quando terminou o estadual do Rio em terceiro lugar, Lemos retornou este ano ao clube para comandar o grupo infantojuvenil, formado por ele. O treinador percorreu o Brasil em busca de jovens atletas com potencial e dispostos a seguir seu projeto na quadra do IBC (assista ao vídeo).

- Vou aos estados, aos municípios, procuro essa garotada, nessas chamadas quadras de várzeas, quadras de peladas. Ofereço, aqui, a oportunidade de ter um alojamento, uma alimentação, um estudo, um curso – detalha o técnico.

O Nova Iguaçu participou pela primeira vez do NBB em 2008, mas ficou de fora das últimas edições (2009/2010, 2010/2011). O clube lida com a falta de investimentos e infraestrutura precárias. Desafios para o time principal e para o trabalho de Lemos na base.

- Esse é o pontapé inicial, tudo começa com um grande sacrifício. Hoje nós estamos com dificuldade de manter duas categorias no estadual, que tem taxas muito altas pela federação do Rio. Parceria financeira é muito difícil de se conseguir nesse momento. Há alojamentos precários, feito em forma de acampamento. Nossa quadra ainda não está da maneira ideal, o clube não está da forma como queremos. Precisamos de parceiros para podermos melhorar o nível do nosso ginásio e do clube em si - admite.

Lidando com jovens

Apesar dos desafios, Lemos aposta no bom relacionamento para conquistar a confiança dos jovens atletas. O ala-pivô da equipe Pablo Floriano diz que o treinador o resgatou no esporte.

- Eu considero ele um amigo, ele que me pegou, onde eu não tinha nada, onde meu sonho não ia se realizar, e me trouxe para cá, me ajudou a realizar o meu sonho.

O armador Victor Maninho também reverencia Lemos.

- Eu sempre busquei e nunca tive essa oportunidade, e ele me deu essa chance de vir para cá.

Lemos comenta que os jovens necessitam um tratamento especial. Segundo o treinador, é preciso colocar a amizade em primeiro lugar na relação com os jovens atletas.

- O adolescente é sempre muito complicado. Ele costuma ser auto-suficiente, rebelde demais. Temos que ter uma didática, tenho que ser pai, tio, avô, professor, técnico, principalmente, amigo dele – afirma.

Cestinha paulista é destaque
O grupo de Lemos já revela promessas no basquete. O ala Ettore César Gonzape veio de Ribeirão Preto (SP), cidade com tradição no esporte, e já se tornou o cestinha do time com média de 20 pontos por partida.

- Eu achei ele, trocamos uma bola, e ele aceitou tocar esse projeto comigo no Rio. É um grande destaque na equipe do infanto e também no juvenil – conta Lemos.

Gonzape admite que o sucesso o surpreendeu.

- Eu não esperava que fosse ser o destaque. Para chegar até aqui eu treinei muito e não imaginava que fosse chegar aqui - diz o ala.

Centro de excelência

Apoiado no exemplo de Gonzape e no esforço de seus jogadores, que se espelham em ídolos como Oscar e Leandrinho, Lemos acredita na realização de seu sonho. Para ele, a base para a concretização já está sendo realizada.

- Esse sonho eu quero realizar, criar um centro de excelência do basquete na baixada do Rio de Janeiro, para formação de jogadores. Daqui vai sair um celeiro do nosso basquete - projeta.

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