sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Governador Sergio Cabral pressiona até Juiz em Nova Iguaçu

Obras do Anel Rodoviário do Rio de Janeiro
Fonte: Blog do Alberto Marques

O juiz João Batista Damasceno, titular da 7ª Vara Cível de Nova Iguaçu, por onde correm os processos de desapropriações para execução do Anel Rodoviário do Rio de Janeiro – também conhecida como Trans-Amapá, por atravessar o bairro de Amapá, na divisa entre Duque de Caxias e Nova Iguaçu – reagiu de forma republicana a uma desastrada e indefensável intervenção do presidente do Tribunal de Justiça do estado, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que pediu mais rapidez nas sentenças do magistrado em relação àqueles processos. Ao invés de se dobrar às exigências do governador, o juiz resolveu responder oficialmente á ingerência indevida do presidente do TJ, protocolando um relatório com 11 páginas sobre a situação dos processos que estão aguardando sua decisão, sugerindo, inclusive, que o governador procure saber o que a Procuradoria Geral do Estado, que está afeta ao Poder Executivo, tem a dizer sobre a lentidão desses processo.

Enquanto o DER toca com lentidão e leniência as obras de duplicação de um trecho de 15 km da antiga Estrada Rio-Petrópolis, entre o viaduto do Centenário e o acesso à Rodovia Washington Luis, na entrada de Campos Elíseos, iniciadas em 2003, o Sr. Sergio Cabral pede a indevida intervenção do presidente do Tribunal de Justiça para que o Juiz de Nova Iguaçu agilize o andamento dos processos de desapropriação, alegando que as obras da Trans-Amapá são prioritárias por estarem incluídas no PAC.
Enquanto tem pressa nas obras da Trans-Amapá, o governador não se preocupa com as dezenas de acidentes, inclusive com mortes no trecho de apenas 15km da antiga Rio-Petrópolis hoje rebatizado de Av Governador Leonel Brizola em conseqüência da lentidão das obras, que já duram tres vezes mais tempo do que o Governo Federal (Washington Luis) levou para construir toda a estrada (67km) entre 1926-28, em que as máquinas rodoviárias eram carroças puxadas por mulas e as escavações eram feitas manualmente, ao contrário do que hoje ocorre.

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