terça-feira, 19 de julho de 2011

Até a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) investiga a Prefeitura de Nova Iguaçu

Secretária que não autorizou a licença de funcionamento da fábrica de concreto, foi exonerada e dois dias depois o novo secretário assinou a licença, e ficou pouco menos de duas semanas  no cargo, sendo assim, nomeado assessor da prefeita.


Fonte: RJTV

Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) cumpriram, nesta segunda-feira (18), mandados de busca e apreensão na prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A polícia investiga por que uma fábrica de concreto foi autorizada a funcionar, mesmo depois de um parecer técnico ter proibido a sua operação.


A investigação começou em 2010, após denúncias de moradores. A polícia quer saber se houve favorecimento à empresa.

Em outubro de 2010, a engenheira Ana Maria Pinto Ramos, então secretária municipal de Meio Ambiente, fez um relatório detalhado sobre a instalação da indústria no bairro da Luz, uma área residencial, próxima ao centro da cidade.

No parecer - assinado por ela e mais dois técnicos - a então secretária não concedeu a licença porque considerou a área inadequada. De acordo com a polícia, no dia 20 de novembro - um sábado - ela foi exonerada do cargo. Na mesma data um outro engenheiro, José Sérgio do Amaral Gurgel, assumiu a secretaria.

Dois dias depois, ele assinou a licença de operação, liberando o funcionamento da fábrica. José Sérgio ficou pouco mais de duas semanas no cargo. No dia 8 de dezembro ele foi exonerado e nomeado assessor da prefeita.

“Chama muita atenção é o fato de um parecer técnico devidamente fundamentado indeferir a operação da usina do grupo Votorantim. E em pleno sábado a secretária é substituída e na segunda-feira a licença de operação foi concedida”, disse o delegado Fábio Pacífico, da DPMA.

Secretaria suspende licença após inquérito
Depois da abertura do inquérito, a Secretaria de Meio Ambiente de Nova Iguaçu suspendeu a licença de funcionamento da empresa.

Policiais estiveram no início desta tarde na fábrica, mas ela estava fechada. A Justiça já autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos no caso. Já na sede da prefeitura de Nova Iguaçu, os policiais apreenderam toda a documentação relativa à empresa. De acordo com a polícia, as investigações continuam.

A empresa do Grupo Votorantim informou que a fábrica ainda não começou a funcionar e que aguarda orientações da prefeitura.

A prefeitura de Nova Iguaçu informou que concedeu a licença da fábrica com base na orientação do Instituto estadual do Ambiente (Inea), mas explicou que a licença foi suspensa há um mês e meio. O Inea ainda não se pronunciou.

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