sábado, 8 de outubro de 2011

O Meu adeus ao Padre Agostinho Pretto

Pe. Agostinho Pretto “Tô contigo e não abro”.

Atendendo ao desejo do Padre Agostinho, seu corpo foi sepultado no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, muita gente compareceu para dar o último adeus ao Padre Agostinho Pretto, falecido na tarde do de Quinta dia 06/10, vítima de um infarto, na sua própria casa, no bairro Vila Nova. O corpo foi velado durante toda a noite na Igreja São José Operário, onde Agostinho era pároco.

Parentes, amigos, pessoas ligadas ao movimento popular, sindicalistas, políticos e religiosos compareceram para prestar homenagem na missa de corpo presente, rezada pelo Bispo Dom Luciano Bergamin, ladeado por muitos padres, diáconos e leigos. A Diocese participou em peso, demonstrando todo o prestígio e consideração ao querido Padre Agostinho.

Membros da JOC - Juventude Operária Católica e da PO - Pastoral Operária também vieram de todo canto do Brasil se despedir daquele que foi o grande colaborador e organizador desses movimentos.
O comparecimento de políticos de diversos partidos revelou o quanto Padre Agostinho era respeitado e admirado.

Representando a Presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, trouxe uma palavra de reconhecimento à luta e a coragem de Pe. Agostinho.

Segundo o ministro Gilberto Carvalho, “o padre Agostinho Pretto foi uma referência e um exemplo de vida, por sua dedicação e seu espírito de serviço aos excluídos, em especial aos trabalhadores”.

O ministro Gilberto Carvalho atuou durante vários anos em parcerias com padre Agostinho Pretto na Pastoral Operária, tendo morado em Nova Iguaçu e trabalhado diretamente com ele na década de 1980, no Centro de Formação de Líderes da Diocese de Nova Iguaçú, no bairro de Moquetá. Nesse centro foi realizado em 1980, com apoio do padre Agostinho Pretto, o Entoes (Encontro Nacional de Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical) que reuniu 500 delegados e foi o primeiro evento que decidiu pela criação da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Estavam presentes também o senador Lindberg Farias (PT), o deputado federal Nelson Bornier (PMDB), os deputados estaduais Robson Leite e Inês Pandeló (PT), o prefeito de Mesquita Artur Messias (PT), os vereadores de Nova Iguaçu: Ferreirinha (PT), Fernando Cid (PCdoB), Marcos Fernandes (PRB) e Professora Marli (PT). Tafarel (PT), de Mesquita, Jacoginho (PT), de Belford Roxo e Padre Adelar (PT), ex-presidente da Câmara de São João de Meriti. Dirigentes partidários: Jorge Florêncio (Presidente do PT-RJ), Alexandre Brito (Presidente PT-Nova Iguaçu) e Alberto Cantalice, membro da direção nacional do PT.

A ausência da prefeita Sheila Gama (PDT) foi muito comentada e criticada.

O sepultamento se deu às 17 h, sob forte e demorado aplausos da multidão que compareceu a cemitério Jardim da Saudade.

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Conheça um pouco da sua história

Ordenado padre em 1953, Agostinho trabalhou em quatro diferentes paróquias de Porto Alegre (RS). Em 1963, convidado por Dom Hélder Câmara, que dirigia a Ação Católica no Brasil, tornou-se assistente eclesiástico da Juventude Operária Católica (JOC). Perseguido pela ditadura, morou na favela do Morro São Carlos, no Rio de Janeiro, e foi obrigado a viver na clandestinidade. Foi preso pela ditadura militar em 1970. 


Em 1974, mudou-se para Nova Iguaçu, passando a trabalhar com Dom Adriano Hipólito, de quem se tornou grande amigo e colaborador. Padre Agostinho fundou a Pastoral Operária e exerceu durante muitos anos a coordenação nacional do movimento. Foi fundador também da Associação Nacional de Presbíteros, sendo o primeiro presidente da instituição. Atualmente, Padre Agostinho era pároco da Paróquia São José Operário, no bairro Califórnia, em Nova Iguaçu.

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