Por Cíntia Cruz - Jornal Extra
Um calote no aluguel tem sido motivo de dor de cabeça para um casal em Comendador Soares, em Nova Iguaçu. A história seria comum se não fosse pelo fato de o inquilino ser a prefeitura. O imóvel, com 12 cômodos, foi alugado em setembro de 2008 ao secretário de Assistência Social e Prevenção à Violência, Sebastião Berriel. Mas, no local, funciona um posto de saúde. Os proprietários Leila Batista de Freitas, de 48 anos, e Paulo Roberto Ferreira Cazanova, de 52, estão há seis meses sem receber o valor do aluguel. Segundo eles, a dívida gira em torno de R$ 12 mil. — Ele já tinha alugado o espaço em 2007. Em 2008, pediu para renovar o aluguel. Foi feito um contrato de R$ 800 — diz Leila. Morando de favor.Quando o contrato completou dois anos, Leila passou a ser chamada na prefeitura, mas nunca conseguia ser atendida.
Além do aluguel, outras contas referentes ao imóvel deixaram de ser pagas:
— Não pagavam água nem luz. A energia foi cortada. O posto chegou a ser fechado e reabriu há dois meses. Somos nós que pagamos o IPTU. Sem a renda do imóvel, a fonte de sustento da família é a filha de 22 anos.— Fomos ingênuos. Meu marido está fazendo tratamento psiquiátrico e não tem condições de trabalhar. Perdemos a renda do aluguel. A nossa filha é a única que trabalha em casa — afirma Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário