Blá... Blá... Blá... Quem realmente irá me convencer?
Tá difícil!!!!
Fonte: Jornal do Brasil
A disputa pela prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), cidade a 28 km da capital fluminense, está acirrada. Com dez candidatos ao principal posto do executivo, o município que é conhecido por ser o reduto político do senador Lindberg Farias (PT) e é o 19º colégio eleitoral do país com 500 mil eleitores, está com a disputa aberta. Nenhum dos candidatos surge como unanimidade entre a população iguaçuana.
De acordo com o professor e cientista político da
Universidade Federal Fluminense (UFF), Marcus Ianoni, o primeiro turno das eleições em Nova Iguaçu será muito “fragmentado”, seja pelas atuais forças políticas fragmentadas ou pelos partidos menores terem chance de eleger ao menos um vereador. Ianoni ainda ressalta que: “Uma das possibilidades, já no primeiro turno, e ainda mais no segundo, é o crescimento de uma candidatura de esquerda”.
“São dez candidatos, o deputado Nelson (Bornier) do PMDB está quase garantido no 2º turno. Resta saber quem estará com ele.”, disse o vereador Ferreirinha, ex-pré-candidato do PT, que teve sua candidatura retirada pelo partido para apoiar a atual prefeita Sheila Gama (PDT). Ferreirinha ainda reforça que o principal adversário de Sheila na disputa é o deputado federal Bornier.
Sheila Gama, que assumiu o mandato após Lindberg se licenciar do mandato à eleição ao Senado em 2010, também vê a disputa aberta.
“A disputa é ampla, afinal, dez candidatos disputam o mesmo objetivo. Isto por um lado é bom já que todos os candidatos terão aoportunidade de apresentar as suas propostas” disse Sheila, que conta atualmente oito partidos em sua coligação PHS, PPS, PSC, PTC, PSL, PRTB, PTdoB e PSB, empatando com o PMDB.
Para Nelson Bornier, que já foi prefeito da cidade entre 1997 e 2002 e conta atualmente com apoio das legendas PP, PR, PSC, PSD, PTN e PSL, a disputa pela prefeitura não está aberta, uma vez que a presença do vice-presidente Michel Temer (PMDB) é dada como certa.
“Tenho absoluta certeza de que o meu vice-presidente Temer estará conosco ao longo desta campanha. Na televisão, nos rádios e nos eventos de campanha”, afirmou.
“A eleição não está aberta. Pelos números das pesquisas que orientam nossa campanha, a população, o eleitor quer liquidar logo este processo eleitoral”, completou.
Ianoni ressalta que
“com a confirmação das candidaturas e o início do horário eleitoral é que, efetivamente, será dada a largada para a disputa eleitoral pela prefeitura de Nova Iguaçu”. Mas, apresenta um possível cenário nestas eleições.
“Creio que, havendo segundo turno, e se o Nelson Bornier conseguir manter o atual nível de intenção de votos em seu nome, uma aliança entre o bloco PDT-PT mais o PCdoB poderá ser forte oponente ao nome hoje na frente. Por outro lado, Bornier deverá contar com o apoio de pequenas legendas partidárias”.
Críticas à atual gestão
A administração de Sheila é o principal alvo de críticas de seus rivais. Obras paradas, problemas na saúde, educação e saneamento básico dão os tons das críticas.
Nova Iguaçu, cidade que em tupi-guarani significa “abundância de águas” sofre com a falta de água potável para a população, como revela o candidato do PV, deputado Xandrinho.
“A cidade está estagnada, parou a educação, a segurança e o desenvolvimento econômico. É inadmissível uma cidade do porte de Nova Iguaçu, com 1 milhão de habitantes, Uma cidade que tem o maior centro de tratamento de água do mundo, não ter água”, afirma o candidato do PV.
Já Waguinho (PCdoB), vê como principal preocupação a falta de projetos na cidade e a ausência de comunicação com o governo federal.
“O governo federal hoje apoia os grandes projetos e tem verba suficiente pra amparar os projetos. Nós vamos criar uma secretária de projetos”, afirmou o candidato do PCdoB, que foi candidato ao senado em 2010 e teve 1,2 milhão de votos, mas não foi eleito.
Outro que criticou a gestão de Sheila é o candidato do DEM, Rogério Lisboa. Ele utiliza de sua experiência como secretário de obras durante o governo de Lindberg Farias para explicar o atraso nas obras da atual administração municipal.
“Desde que a Sheila assumiu a gestão, a prefeitura entrou no CALC – uma espécie de SPC das prefeituras – e tirou todas as possibilidades de firmar convênios novos”, explicou Lisboa.
“Tudo com relação ao PAC ficou parado e novas obras”, enfatizou o candidato.