Tanto dinheiro que poderia ser investido de outra forma
Fonte: R7
As eleições para a Prefeitura de Nova Iguaçu prometem movimentar cifras milionárias. Juntos, os oito candidatos que tiveram o registro aprovado pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) planejam desembolsar R$ 51,1 milhões para conquistar os mais de 560 mil eleitores do município da Baixada Fluminense. O valor representa R$ 850 mil a mais do que a verba prevista pelos também oito candidatos ao cargo do Executivo no Rio, onde 4,7 milhões irão às urnas no próximo dia 7 de outubro.
Os altos investimentos em campanha chamam atenção em uma cidade que ainda está longe de resolver problemas sociais, como baixa escolaridade e falta de saneamento básico. Com população de cerca de 800 mil habitantes, Nova Iguaçu tem 28 mil analfabetos (aproximadamente 5%) e 24 mil famílias que convivem com esgoto a céu aberto.
A corrida eleitoral no município da baixada reúne adversários políticos de peso. Candidata à reeleição pelo PDT, Sheila Gama assumiu a prefeitura em 2010, quando o então prefeito Lindberg Farias (PT) abriu mão do cargo para ocupar uma vaga no Senado. A professora, que reúne o maior número de partidos coligados (nove), declarou ao TRE-RJ investimento de R$ 10 milhões em campanha.
Prefeito de Nova Iguaçu entre 1996 e 2002, o deputado federal Nelson Bornier (PMDB) quer voltar à administração municipal no ano que vem. Para isso, planeja gastar R$ 7,9 milhões em despesas como santinhos, cabos eleitorais e carros de som. Segundo o candidato, R$ 2 milhões devem sair do caixa do partido e o restante será financiado por empresas da cidade.
Estreante na disputa pela prefeitura, Walney Rocha (PTB) é o responsável pelo maior investimento. O deputado federal pretende gastar R$ 15 milhões nas eleições. De acordo com ele, “os recursos de campanha têm origem no fundo partidário do PTB e em doações comprovadas”.
Com R$ 6 milhões, o ex-pagodeiro Waguinho (PCdoB) também entra na lista dos candidatos que farão campanhas milionárias em Nova Iguaçu. A cidade ainda conta com outros quatro concorrentes: Rogério Lisboa (DEM), com R$ 5 milhões; Marcos Fernandes (PRB), R$ 5 milhões; Xandrinho (PV), R$ 2 milhões e Renato Gomes (PSTU), R$ 200 mil.
O cientista político e diretor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), Geraldo Tadeu, explica que a previsão de vultosos gastos em campanha se deve a uma questão burocrática.
— Normalmente, essa estimativa é jogada para cima por causa de uma questão formal. É difícil pedir à Justiça Eleitoral o aumento do teto depois da campanha em curso.
Além disso, segundo Tadeu, os políticos usam parte da verba para financiar a campanha de vereadores. Em Nova Iguaçu, dos 920 aspirantes ao cargo do Legislativo, 612 estão ligados a um dos três candidatos que planejam maiores investimentos.
— A maioria dos vereadores é completamente desprovida de recursos. Por isso, eles têm uma maior dependência dos candidatos a prefeito, que financiam essas pessoas, que, em troca, pedem votos para eles.
A estimativa de gastos de campanha é solicitada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no momento do registro da candidatura e tem o objetivo de estabelecer um teto máximo de gastos realizados ao longo da campanha eleitoral. Caso esse limite seja ultrapassado, o candidato pode ser multado.
Este negócio de sem obra sem voto esta errado tem que ser sem obras sem Impostos ai eles não tem como roubar!
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